sexta-feira, 29 de novembro de 2013

HORA DA LEITURA - 4° ANO A

Momentos prazerosos de leituras levam as crianças ater um novo olhar pela leitura de diversos gêneros.  A leitura é o caminho para ampliação da percepção do mundo onde estão inseridos oportuniza na formação de se tornar um sujeito crítico e reflexivo.  É preciso renovar práticas de leituras em sala de aula  com iniciativas motivadoras encontrando maneiras que os estimule para que todos sejam participante ativo do seu processo de aprendizagem.

As rodas de leitura no cotidiano escolar  vem formando alunos leitores. Momentos como estes se percebe o envolvimento harmonioso, o limite, o senso de cooperar, o interesse e atento para chegar a sua vez, a participação na leitura é motivo de alegria, ... há muito engajamento, satisfação, socialização e interação. Todos os dias inovando: Cantinho da leitura, biblioteca,  diário poético, leituras utilizando caixa de som com microfones sucesso, .... Observa-se o desempenho de todos. Ler em voz alta com fluência. Motivação na leitura.






























                                 "  E preciso que a leitura seja um ato de amor  ”   
                                                                                        Paulo Freire

Sheyla Ferreira -
Escola Romero Dantas
São José do Egito/PE

DIÁRIO POÉTICO - 4° ANO A

Início de aula com o Diário Poético - improviso e poesias - glosa poética rápida, parabéns crianças!!! 4° Ano A  sempre resgatando valores. Matheus Santos e Thiago Rafael mostrando suas  habilidades poética no improviso, bom demais!!! Douglas Kauan, Charllys, Deyvyd Martins,Cláudio, Isabelly Nunes Souza e Naely declamando poesias de autoria próprias  e/ou de  outros autores da terra da poesia.
Professora Sheyla Ferreira - São José do Egito/PE
Escola Municipal Romero A.V. Dantas












domingo, 7 de abril de 2013

AQUARELA - Toquinho


Aquarela
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...
Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...
Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...
Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...
Basta imaginar e ele está
Partindo, sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...
Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...
De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...
Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...
E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...
Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...
Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)


VÍDEO





As quatro operações: SUBTRAÇÃO, poesia infantil de Bastos Tigre



                                       Subtração

                                           Bastos Tigre


Eu sou a Subtração.
É diminuir o meu fim.
 Saibam que essa operação
Não tem segredos para mim.

Dez menos sete são três;
Seis menos dois, quatro são.
E, de quatro tirar seis.
Pode ser?  Não pode, não!

Mas infeliz de quem ousa
Cometer o crime feio
De subtrair uma cousa
Que pertence ao bolso alheio.


Em: Antologia Poética, vol. I, Rio de Janeiro, Ed. Francisco Alves: 1982

As quatro operações: ADIÇÃO, poesia infantil de Bastos Tigre

Adição

  Bastos Tigre


Eu sou a Adição.  Reúno
As parcelas e, afinal,
Como sou um bom aluno,
Depressa encontro o total.

Quatro mais cinco são nove;
Mais treze são vinte e dois
E se quiserem que eu prove,
A prova farei depois.

A mestra nunca se esquece
Desta regra nos lembrar:
Só coisas da mesma espécie
É que podemos somar.

Somando pera e mamão,
Uva, banana e laranja,
Em lugar de uma adição
Uma salada se arranja.


Em: Antologia Poética, vol. I, Rio de Janeiro, Ed. Francisco Alves: 1982.



As quatro operações: MULTIPLICAÇÃO, poesia infantil de Bastos Tigre

Multiplicação

  Bastos Tigre


Sou a Multiplicação.
Faço do “mais”, muito mais.
Numa espécie de adição
Tendo parcelas iguais.

Os dois fatores escrevo
E multiplicando os dois
Tenho os produtos e devo
A soma achar-lhes depois.

Se o dinheiro eu multiplico,
Muito bem isso me faz;
Mas não adianta ser rico
Faltando a saúde e a paz.






Em: Antologia Poética, vol. I, Rio de Janeiro, Ed. Francisco Alves: 1982


As quatro operações: DIVISÃO, poesia infantil de Bastos Tigre



—                                       Divisão
                                            Bastos Tigre

Operação que tem arte
É por certo a Divisão
Ela é que parte e reparte
Com justiça e retidão.

Dividendo, divisor,
Quociente e resto também.
Mas se a conta exata for,
Direi que resto não tem.

Se o divisor for maior
Do que o dividendo, então,
(A regra sei eu de cor)
O quociente é fração.

Se Deus e os homens amais
Dividi,  fazendo o bem:
Dá o que tendes demais
Aqueles que nada têm.


Em: Antologia Poética, vol. I, Rio de Janeiro, Ed. Francisco Alves: 1982                        
                                            

A FLOR, poema infantil de Afonso Lopes de Almeida


                

                                         A FLOR

                                                      Afonso Lopes de Almeida



Que linda flor! – dizeis – porém
reparai bem:
vede que a sábia Natureza
não lhe deu só beleza,
mas fê-la útil também.

Beleza que é só beleza
embora que nada se iguale,
é coisa fútil…
Pois, com franqueza,
ser belo de nada vale,
se não se é útil.

Leis da vida, leis do amor!
Tudo produz, e o produto
novos produtos adiante,
constante, continuamente!
A flor se transforma em fruto,
o fruto faz-se semente,
volta a semente a ser planta,
torna a planta a abrir-se em flor!

Se tudo é útil no mundo,
e produtivo, fecundo,
nós, por nosso próprio bem,
trabalhemos,
estudemos,
sejamos úteis também!


Em: O mundo da criança, vol. I, Poemas e Rimas, Rio de Janeiro, Editora Delta, s/d

 ——–
Afonso Lopes de Almeida (RJ, RJ, 1888 – RJ, RJ, 1953), poeta, prosador, bacharel em Direito, membro da Academia Carioca de Letras. Filho da escritora brasileira Julia Lopes de Almeida.
Obras:  
A Árvore, 1916  
A Neve ao Sol: viagem lírica pelos cinco continentes   
Evangelho da Bondade e Outros Poemas, 1921  
Mãe, 1945  
Através da Europa, no Ano Primeiro da Era, 1923  
O Gênio Rebelado,1923  

BOLINHAS DE GUDE, poema Infantil de Maria Eugênia Celso


                                                                                                 

                                                                                      Ilustração Maurício de Sousa

                           Bolinhas de gude    
                               Maria Eugênia Celso


–Brancas, verdes, rajadinhas,
                               Amarelas,
                As bolinhas
                Vão rolando,
                Vão dançando
                Seja liso ou seja rude
                O chão onde vão rolando
                Lá vão elas, lá vão elas…
                               As bolinhas de gude.
Brincam os meninos com elas,
                               Estão jogando
                No jardim ou nas calçadas,
                As bolinhas vão correndo
                Azuis pardas, amarelas,
                               Rajadinhas,
E tão vivas, tão ligeira, tão alegres e estouvadas
                Que até fica parecendo
                               Que são elas
                                               As bolinhas
Que com eles estão brincando.
–Em: Poesia Brasileira para a Infância, Cassiano Nunes e Mário da Silva Brito, São Paulo, Saraiva: 1968.

                                 Maria Eugênia Celso

Maria Eugênia Celso Carneiro de Mendonça (São João Del Rey, Minas Gerais, 1886 – 1963), usou também o pseudônimo Baby-flirt.  Jornalista, escritora, poeta, teatróloga e sufragista.  Funcionária de carreira do Ministério da Educação e Cultura.  Veio de Minas Gerais para Petrópolis, ainda criança,  onde cursou o Colégio Sion.  Em 1920 começou sua carreira jornalística no Jornal do Brasil.  Participou ativamente do “Movimento Feminista”, em favor da emancipação política e social da mulher, dedicou-se ao assistencialismo junto às “Damas da Cruz Verde”, aparecendo como uma das lideranças que criaram a maternidade “Pro-Matre” do Rio de Janeiro.  Batalhou pelo direito das mulheres ao voto. Faleceu em 1963.

Obras:

Em Pleno Sonho, poesia, 1920
Vicentinho, 1925
Fantasias e Matutadas, poesia, 1925
Desdobramento, poesia, 1926
Alma Vária, poesia
Jeunesse, poesia
O Solar Perdido, poesia, 1945
Poemas Completos, 1955
Diário de Ana Lúcia, prosa,
De Relance, crônicas
Ruflos de Asas, teatro
Síntese Biográfica da Princesa Isabel, biografia