domingo, 7 de abril de 2013

BOLINHAS DE GUDE, poema Infantil de Maria Eugênia Celso


                                                                                                 

                                                                                      Ilustração Maurício de Sousa

                           Bolinhas de gude    
                               Maria Eugênia Celso


–Brancas, verdes, rajadinhas,
                               Amarelas,
                As bolinhas
                Vão rolando,
                Vão dançando
                Seja liso ou seja rude
                O chão onde vão rolando
                Lá vão elas, lá vão elas…
                               As bolinhas de gude.
Brincam os meninos com elas,
                               Estão jogando
                No jardim ou nas calçadas,
                As bolinhas vão correndo
                Azuis pardas, amarelas,
                               Rajadinhas,
E tão vivas, tão ligeira, tão alegres e estouvadas
                Que até fica parecendo
                               Que são elas
                                               As bolinhas
Que com eles estão brincando.
–Em: Poesia Brasileira para a Infância, Cassiano Nunes e Mário da Silva Brito, São Paulo, Saraiva: 1968.

                                 Maria Eugênia Celso

Maria Eugênia Celso Carneiro de Mendonça (São João Del Rey, Minas Gerais, 1886 – 1963), usou também o pseudônimo Baby-flirt.  Jornalista, escritora, poeta, teatróloga e sufragista.  Funcionária de carreira do Ministério da Educação e Cultura.  Veio de Minas Gerais para Petrópolis, ainda criança,  onde cursou o Colégio Sion.  Em 1920 começou sua carreira jornalística no Jornal do Brasil.  Participou ativamente do “Movimento Feminista”, em favor da emancipação política e social da mulher, dedicou-se ao assistencialismo junto às “Damas da Cruz Verde”, aparecendo como uma das lideranças que criaram a maternidade “Pro-Matre” do Rio de Janeiro.  Batalhou pelo direito das mulheres ao voto. Faleceu em 1963.

Obras:

Em Pleno Sonho, poesia, 1920
Vicentinho, 1925
Fantasias e Matutadas, poesia, 1925
Desdobramento, poesia, 1926
Alma Vária, poesia
Jeunesse, poesia
O Solar Perdido, poesia, 1945
Poemas Completos, 1955
Diário de Ana Lúcia, prosa,
De Relance, crônicas
Ruflos de Asas, teatro
Síntese Biográfica da Princesa Isabel, biografia

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